Aqui
Aquele que fala da verticalidade
Das cidades
Mente
No horizonte talvez
Faça sentido ao olhar
Falos-concreto ao céu arranhado
Alinhados de bloco chumbo como facas
Fincadas em terra entretanto
Quanto mais perto menos
Verticais as retas
As estruturas curvam-se às avenidas
Diagonais súditas que buscam no asfalto
O alimento necessário à metrópole
Pois a fome de vida é de todos os tolos
O pai que faz sucumbir antes de dar de comer
Fossem chicletes mastigam-se corpos por dentes
Daqueles que nem sequer possuem boca
Sem cor nem sabor a pele ganha rigidez
E o material disforme é cuspido fora
Úmido porque inútil
Inútil porque humano
Humano porque vazio
Aqui jaz o poeta
Sem resistêntcia