Análise

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Nem com lança
Tampouco com injúria
Juro que sou o humano
Pós-civilização de Freud
E digo humano para não dizer homem
Pois preciso afirmar minha humanidade
Para saciar o monstro que me acorda
Todos os dias
Em todos os lugares
Especialmente quando vivo-junto
De outros tantos
Estranhos que insistem na dizimação
Mútua por meio
De lanças e injúrias
Tão próximos porém longínquos
Como a paisagem que exige a distância
Para não expor sua feiura
Como a doença que secreta
Come carne sob lupa de aumento

Sinto medo do prazer que
Sinto muito
Ao usar as armas dos outros
A meu favor